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Rio das Flores
Libro usado en buenas condiciones, por su antiguedad podria contener señales normales de uso
632 pages, Paperback
First published October 1, 2007
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1,462 people want to read
About the author
Miguel Sousa Tavares
20books529followersMiguel Sousa Tavares is a portuguese journalist and was born in Porto, on the 25th June 1952. His mother, Sophia de Mello Breyner, was a poetess and his father, Francisco de Sousa Tavares, a lawyer and a journalist. After taking the Law course, he carried advocacy during twelve years, but left it permanently to become a full time journalist.
He first appeared at television in 1978, by entering the Radiotelevisão Portuguesa channel (Portuguese Radiotelevision).
In 1989, he was one of the creators of Grande Reportagem magazine (Big Report) and he became director of it in 1990, place where he settled during ten years. He also published some chronics and wrote to the journal ú (Public) from 1990 until 2002. At the same time, he also wrote chronics in other publications such as A Bola (The Ball, a sport journal), á澱 (Maximum, a female magazine) and in the online journal Diário Digital (Digital Diary).
He worked at SIC, a private TV channel, where he hosted information programmes such as "Crossfire". He left SIC and refused the invitation to be general director of RTP but, in 1999, he returned to the television.
He entered TVI in 1999 where he hosted the programme Legítima Defesa (Self Defense) and in 2000 he started to work as a fixed commentator at the Jornal Nacional (Nacional Journal, in TVI).
He also released various books, and almost all of them are chronics. The first one, Sahara, a República da Areia (Sahara, the Sand Republic), was edited in 1985 and was part of a report. Ten years later he wrote a collection of political texts called Um Nómada no Oásis (A Nomadic in the Oasis) and O Segredo do Rio (The Secret of the River, a children story). In 1998, the book called Sul (South) came out and in 2001 the book called Não te Deixarei Morrrer, David Crockett (I won't let you die, David Crockett). In this last year, was also edited Anos Perdidos (Lost Years), a colection of chronics dedicated to the govern of António Guterres.
His first novel was Equador (Equator), first edited in 2003 and which sold more than 370 thousand copies. This novel was so sucessful that posteriorly was released in Brazil, Germany, Spain, Latin America, Czech Republic and the Netherlands, and also won the 25th edition of the Grinzane Cavour prize for the best foreign novel of the year, in Italy. In October of 2007, Miguel Sousa Tavares released Rio das Flores (River of Flowers), also a success.
He first appeared at television in 1978, by entering the Radiotelevisão Portuguesa channel (Portuguese Radiotelevision).
In 1989, he was one of the creators of Grande Reportagem magazine (Big Report) and he became director of it in 1990, place where he settled during ten years. He also published some chronics and wrote to the journal ú (Public) from 1990 until 2002. At the same time, he also wrote chronics in other publications such as A Bola (The Ball, a sport journal), á澱 (Maximum, a female magazine) and in the online journal Diário Digital (Digital Diary).
He worked at SIC, a private TV channel, where he hosted information programmes such as "Crossfire". He left SIC and refused the invitation to be general director of RTP but, in 1999, he returned to the television.
He entered TVI in 1999 where he hosted the programme Legítima Defesa (Self Defense) and in 2000 he started to work as a fixed commentator at the Jornal Nacional (Nacional Journal, in TVI).
He also released various books, and almost all of them are chronics. The first one, Sahara, a República da Areia (Sahara, the Sand Republic), was edited in 1985 and was part of a report. Ten years later he wrote a collection of political texts called Um Nómada no Oásis (A Nomadic in the Oasis) and O Segredo do Rio (The Secret of the River, a children story). In 1998, the book called Sul (South) came out and in 2001 the book called Não te Deixarei Morrrer, David Crockett (I won't let you die, David Crockett). In this last year, was also edited Anos Perdidos (Lost Years), a colection of chronics dedicated to the govern of António Guterres.
His first novel was Equador (Equator), first edited in 2003 and which sold more than 370 thousand copies. This novel was so sucessful that posteriorly was released in Brazil, Germany, Spain, Latin America, Czech Republic and the Netherlands, and also won the 25th edition of the Grinzane Cavour prize for the best foreign novel of the year, in Italy. In October of 2007, Miguel Sousa Tavares released Rio das Flores (River of Flowers), also a success.
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August 6, 2016
Foi um livro extraordinário! Uma valiosa lição de história contada com todo o rigor. Começa em 1915 e estende-se até 1945 e ao fim da segunda guerra mundial. Pelo meio,os anos negros da ditadura salazarista em Portugal, de Franco em Espanha, Mussolini em Itália e de Vargas no Brasil. Os primeiros passos do nazismo, o horror da guerra que grassou Europa fora, até à queda final de Hitler.
O que se aprende com este livro é de um valor inquestionável e vai muito além do que se ensina na escola.
Foram anos vergonhosos de regimes ditatoriais em que liberdade, não passou de uma palavra vazia de sentido.
O quotidiano rural Alentejano foi de uma realeza que reconheci em cada frase e descrição. O Alentejo está-me no sangue, e o que conheci era muito semelhante a este, embora,já primasse por uma liberdade duramente conquistada.
As personagens, achei-as perfeitas. Perfeitas, porque na sua imperfeição, nos seus defeitos e contradições, ficaram mais humanas, mais próximas.
Três gerações de Ribera Flores - com destaque para a segunda geração - em que o domínio patriarcal foi evidente.
Três gerações de amor à terra e devoção aos valores familiares. Dois filhos - Diogo e Pedro - que sempre partilharam o imutável amor de irmãos, mas também diferentes edeologias e vivências. Um em defesa da tradição e de duvidosos valores patrióticos, teimoso, intransigente e solitário. Outro, em luta constante entre as raízes, o apelo do desconhecido e a busca dos sonhos.
Duas mulheres de fibra: ambas esposas, ambas mães.Condenadas pelos velhos costumes, presas à terra, ao amor aos seus homens e filhos, sem se atreverem a almejar mais.
Assistimos à vida desta família, vimos sentimentos a nascer, a morrer, ou a permanecer imutáveis através do correr do tempo.
No final, como um puzzle imperfeito, houve peças que encaixaram, outras que ficaram inevitavelmente de fora. Tal qual a vida real.
Foram mais de seiscentas páginas que não tiveram uma palavra a mais. Ao virar da última página, já se sente a saudade dos Ribera Flores.
O que se aprende com este livro é de um valor inquestionável e vai muito além do que se ensina na escola.
Foram anos vergonhosos de regimes ditatoriais em que liberdade, não passou de uma palavra vazia de sentido.
O quotidiano rural Alentejano foi de uma realeza que reconheci em cada frase e descrição. O Alentejo está-me no sangue, e o que conheci era muito semelhante a este, embora,já primasse por uma liberdade duramente conquistada.
As personagens, achei-as perfeitas. Perfeitas, porque na sua imperfeição, nos seus defeitos e contradições, ficaram mais humanas, mais próximas.
Três gerações de Ribera Flores - com destaque para a segunda geração - em que o domínio patriarcal foi evidente.
Três gerações de amor à terra e devoção aos valores familiares. Dois filhos - Diogo e Pedro - que sempre partilharam o imutável amor de irmãos, mas também diferentes edeologias e vivências. Um em defesa da tradição e de duvidosos valores patrióticos, teimoso, intransigente e solitário. Outro, em luta constante entre as raízes, o apelo do desconhecido e a busca dos sonhos.
Duas mulheres de fibra: ambas esposas, ambas mães.Condenadas pelos velhos costumes, presas à terra, ao amor aos seus homens e filhos, sem se atreverem a almejar mais.
Assistimos à vida desta família, vimos sentimentos a nascer, a morrer, ou a permanecer imutáveis através do correr do tempo.
No final, como um puzzle imperfeito, houve peças que encaixaram, outras que ficaram inevitavelmente de fora. Tal qual a vida real.
Foram mais de seiscentas páginas que não tiveram uma palavra a mais. Ao virar da última página, já se sente a saudade dos Ribera Flores.
June 17, 2014
Tenho que ser sincera: o que mais gostei neste livro foi a parte histórica. Muito mais do que a história dos Ribera Flores, que me pareceu um bocado previsível. Gosto muito de romances históricos, particularmente os que descrevem o Portugal doutros tempos. Achei muito interessante (como acho sempre) ler sobre a ascensão de Salazar ao poder, o aparecimento dos movimentos fascistas pela Europa, as tensões políticas que se geraram na primeira metade do século XX. A novidade, que também me agradou muito, foi ler sobre o que se passou durante esses anos no Brasil. O início do século XX no Brasil nunca esteve muito claro para mim e este livro permitiu-me alargar alguns horizontes nesse aspecto.
Não podendo dizer que é um dos meus livros preferidos, não descarto, no entanto, a recomendação a todos que ainda não o leram.
Não podendo dizer que é um dos meus livros preferidos, não descarto, no entanto, a recomendação a todos que ainda não o leram.
September 27, 2020
O Rio das Flores foi, sem dúvida,uma grande lição de história do séc XX, abordando a Guerra Civil de Espanha, o Estado Novo, a Segunda Guerra Mundial, a situação do Brasil na época... Bem, atrevo-me a dizer que o que mais me marcou neste livro foram os acontecimentos reais que referi anteriormente do que propriamente o romance.O romance conta a história de uma família de latifundiários alentejanos na primeira metade do século XX . Assim, convivem neste livro, acontecimentos verídicos com momentos ficcionados de uma forma perfeitamente mélica.Amei o livro, aliás pergunto-me como é que ainda não o tinha lido?! Na minha opinião, só há um ponto menos positivo neste romance histórico, são as descrições que por vezes se tornam excessivamente pormenorizadas e até repetidas. Mas nada que prejudique as🌹🌹🌹🌹🌹 que o livro merece.
August 5, 2013
Tive muitas dificuldades em terminar de ler o Rio das Flores. Foi a minha primeira aventura com um livro do Miguel Sousa Tavares e depois desta experiência tão depressa não vou ler qualquer obra dele, confesso. A minha vontade em começar a ler um livro dele teve início com o sucesso que senti com A Madrugada Suja na Feira do Livro em Lisboa, quando vi muitas pessoas à espera de ter o seu livro autografado e decidi que devia começar a ler algum livro dele antes do último. Por qualquer razão acabei por pedir emprestado este à minha madrinha.
Em primeiro deixem-me dizer que este livro não é mau e está longe disso. O meu descontentamento não se prende com a falta de qualidade pois tinha nas mãos um bom livro histórico, que conta a história da família Ribera Flores, proprietária de uma quinta em Estremoz, situada no Alentejo. Nas mais de 600 páginas é contada a história dos dois protagonistas, a meu ver: Diogo e Pedro Ribera Flores, as personagens que mais me chamaram à atenção ao longo de toda a história. À medida que avançava nas páginas interrogava-me como dois irmãos, com a mesma educação e com um crescimento no mesmo lugar, podem ser tão diferentes um do outro, com ideias tão opostas a todos os níveis, quer pessoal quer político, entre outros. Todas as outras personagens marcaram-me igualmente de uma forma especial, como é o caso de Amparo, a mulher de Diogo, ou de Angelina, uma mulher por quem Pedro se apaixona lá para meio da história. E em mistura com a história das personagens também é colocada e contada, tendo em conta factos verídicos, a história de Portugal na época em que Salazar governava o país e o Estado Novo era o sistema colocado, a teia para deixar todos os portugueses enrolados numa aura de medo. E é nesta parte que o livro me desagrada mais.
Não há espaço para o leitor respirar um pouco quando o MST está a relatar os factos históricos. Não é uma ponta de leveza no desenrolar da ação e acho que essa não era a sua intenção � apresentar os factos com uma onda de entretenimento. Mas para mim, como leitor, não caiu bem a forma pesada e rígida como passava as páginas e tive, muitas vezes, vontade de deixar o livro e ficar para uma outra altura. No entanto, quando o destaque incidia na vida das personagens principais agarrava-me à obra e tinha novamente vontade de ler até ao fim. O Rio das Flores foi um carrocel, em que muitas vezes tinha todo o gosto em lê-lo e em outras só me apetecia desistir e devolver o livro ao dono. A pesquisa de MST está bem colocada em todo o livro mas não me atraiu por aí além, confesso.
Rio das Flores é um bom livro histórico, em relação a isso não pode ser negado. Mas não me cativou na maioria das vezes e é assim aconselhável a quem aprecia verdadeiramente o género. Talvez só vá pegar num outro livro do escritor daqui a muito tempo. Em breve, coloco uma crítica mais detalhada no Espalha-Factos.
3/5
Em primeiro deixem-me dizer que este livro não é mau e está longe disso. O meu descontentamento não se prende com a falta de qualidade pois tinha nas mãos um bom livro histórico, que conta a história da família Ribera Flores, proprietária de uma quinta em Estremoz, situada no Alentejo. Nas mais de 600 páginas é contada a história dos dois protagonistas, a meu ver: Diogo e Pedro Ribera Flores, as personagens que mais me chamaram à atenção ao longo de toda a história. À medida que avançava nas páginas interrogava-me como dois irmãos, com a mesma educação e com um crescimento no mesmo lugar, podem ser tão diferentes um do outro, com ideias tão opostas a todos os níveis, quer pessoal quer político, entre outros. Todas as outras personagens marcaram-me igualmente de uma forma especial, como é o caso de Amparo, a mulher de Diogo, ou de Angelina, uma mulher por quem Pedro se apaixona lá para meio da história. E em mistura com a história das personagens também é colocada e contada, tendo em conta factos verídicos, a história de Portugal na época em que Salazar governava o país e o Estado Novo era o sistema colocado, a teia para deixar todos os portugueses enrolados numa aura de medo. E é nesta parte que o livro me desagrada mais.
Não há espaço para o leitor respirar um pouco quando o MST está a relatar os factos históricos. Não é uma ponta de leveza no desenrolar da ação e acho que essa não era a sua intenção � apresentar os factos com uma onda de entretenimento. Mas para mim, como leitor, não caiu bem a forma pesada e rígida como passava as páginas e tive, muitas vezes, vontade de deixar o livro e ficar para uma outra altura. No entanto, quando o destaque incidia na vida das personagens principais agarrava-me à obra e tinha novamente vontade de ler até ao fim. O Rio das Flores foi um carrocel, em que muitas vezes tinha todo o gosto em lê-lo e em outras só me apetecia desistir e devolver o livro ao dono. A pesquisa de MST está bem colocada em todo o livro mas não me atraiu por aí além, confesso.
Rio das Flores é um bom livro histórico, em relação a isso não pode ser negado. Mas não me cativou na maioria das vezes e é assim aconselhável a quem aprecia verdadeiramente o género. Talvez só vá pegar num outro livro do escritor daqui a muito tempo. Em breve, coloco uma crítica mais detalhada no Espalha-Factos.
3/5
May 21, 2014
Gostei muito deste livro; através de diálogos entre personagens mostra diversos pontos de vista muito inovadores sobre os mais variados assuntos sociais e ensina uma importante lição "Pode haver pão sem liberdade, mas haverá liberdade sem pão?" que põe em causa os valores por nós estabelecidos...(Mafalda)
July 6, 2013
Não sabia que ainda se escreviam livros assim.
Adorei. Quero dar mais estrelas... posso?
Pergunto-me porque é que não li este livro há mais tempo? Há com certeza alturas para ler certos livros e este foi o momento certo para lhe pegar, após vários anos a aguardar na minha estante!
Sendo o autor uma pessoa mediática e cujas opiniões são conhecidas, adorei saber que da pessoa de Miguel Sousa Tavares existe uma sensibilidade que nos seus comentários não nos é revelada.
As personagens são muito boas, muito reais e bem desenvolvidas. A situação política desde a queda da monarquia até ao final da segunda guerra mundial são bem descritas e sem se tornar cansativa. Uma verdadeira lição de história, dando-nos o escritor opiniões divergentes na ficção, sobre o que aconteceu na realidade.
Mas o que mais gostei foi da história, dos ambientes, alguns que reconheço, e as teias que se formam entre as personagens, que têm algo que havia naquela época e que se perde com o avançar dos tempos. É um romance nostalgico e delicioso de ler.
Terminei ontem e tenho já saudades daquelas 'pessoas'.
O que é que esperam para levar esta história para o écran?
Este é o primeiro livro que li do autor mas vou, com certeza, ler mais.
Adorei. Quero dar mais estrelas... posso?
Pergunto-me porque é que não li este livro há mais tempo? Há com certeza alturas para ler certos livros e este foi o momento certo para lhe pegar, após vários anos a aguardar na minha estante!
Sendo o autor uma pessoa mediática e cujas opiniões são conhecidas, adorei saber que da pessoa de Miguel Sousa Tavares existe uma sensibilidade que nos seus comentários não nos é revelada.
As personagens são muito boas, muito reais e bem desenvolvidas. A situação política desde a queda da monarquia até ao final da segunda guerra mundial são bem descritas e sem se tornar cansativa. Uma verdadeira lição de história, dando-nos o escritor opiniões divergentes na ficção, sobre o que aconteceu na realidade.
Mas o que mais gostei foi da história, dos ambientes, alguns que reconheço, e as teias que se formam entre as personagens, que têm algo que havia naquela época e que se perde com o avançar dos tempos. É um romance nostalgico e delicioso de ler.
Terminei ontem e tenho já saudades daquelas 'pessoas'.
O que é que esperam para levar esta história para o écran?
Este é o primeiro livro que li do autor mas vou, com certeza, ler mais.
February 23, 2022
Este é o meu segundo livro do MST depois de Equador um livro arrebatador , confesso que estava com receio de me desiludir.
Mas este romance Histórico está escrito de uma maneira ainda mais incrível , 3 gerações de uma família com personagens muito fortes e tão bem desenvolvidas , o início das ditaduras em Portugal no Brasil (que está descrito de uma forma apaixonante ) o início do Nazismo alemão 30 anos de História descritos de forma detalhada sem ser cansativo . Muito muito bom .
� Há decisões que se tomam e que se
lamentam a vida toda e há decisões que se
amarga a vida toda não ter tomado. E há
ainda ocasiões em que uma decisão menor,
quase banal, acaba por se transformar, por
força do destino, numa decisão imensa, que
não se buscava mas que vem ter conosco,
mudando para sempre os dias que se
imaginava ter pela frente. Miguel Sousa Tavares Brilhante .
Mas este romance Histórico está escrito de uma maneira ainda mais incrível , 3 gerações de uma família com personagens muito fortes e tão bem desenvolvidas , o início das ditaduras em Portugal no Brasil (que está descrito de uma forma apaixonante ) o início do Nazismo alemão 30 anos de História descritos de forma detalhada sem ser cansativo . Muito muito bom .
� Há decisões que se tomam e que se
lamentam a vida toda e há decisões que se
amarga a vida toda não ter tomado. E há
ainda ocasiões em que uma decisão menor,
quase banal, acaba por se transformar, por
força do destino, numa decisão imensa, que
não se buscava mas que vem ter conosco,
mudando para sempre os dias que se
imaginava ter pela frente. Miguel Sousa Tavares Brilhante .
March 14, 2022
A minha opinião em vídeo:
October 9, 2009
Um livro deve ser muito mais do que um saco no qual o autor despeja tudo aquilo que encontra e que se relaciona vagamente com o enredo. Infelizmente, Rio das Flores não é, em minha opinião, nada mais do que isso: um exercício medonho de escrita que resulta em coisa nenhuma.
No mais, destaco uma história fraca, personagens de uma pobreza humana assustadora, que não evoluem um milímetro ao longo daquelas longas páginas e, claro, uma contextualização histórica de época intelectualmente medíocre, ao estilo do Tio Sam.
A repetição de ideias é enfastiante: por exemplo temos conhecimento das opiniões pessoais e políticas do personagem principal através do próprio, da mãe, do irmão, da primeira esposa, do amigo e, claro, do narrador, sem que em cada descrição haja um acrescento, por menor que seja, ao que foi dito logo de início.
Mas também a descrição exaustiva de tudo por tudo e por nada, por mais insignificante que seja a sua relevância para o enredo, para a história.
A escrita é agradável, não o nego, mas esperava muito mais do sucessor de Equador.
No mais, destaco uma história fraca, personagens de uma pobreza humana assustadora, que não evoluem um milímetro ao longo daquelas longas páginas e, claro, uma contextualização histórica de época intelectualmente medíocre, ao estilo do Tio Sam.
A repetição de ideias é enfastiante: por exemplo temos conhecimento das opiniões pessoais e políticas do personagem principal através do próprio, da mãe, do irmão, da primeira esposa, do amigo e, claro, do narrador, sem que em cada descrição haja um acrescento, por menor que seja, ao que foi dito logo de início.
Mas também a descrição exaustiva de tudo por tudo e por nada, por mais insignificante que seja a sua relevância para o enredo, para a história.
A escrita é agradável, não o nego, mas esperava muito mais do sucessor de Equador.
January 28, 2024
Um livro “inteligente�, que ensina e nos põe a par do tanto que já foi, de factos que nos permitem pensar e talvez avaliar o passado de forma diferente, enquanto nos enreda com uma boa história.
October 30, 2008
Comecei este livro com as expectatias bem lá no alto pois adorei o Equador! Pois bem, mesmo assim as expectativas foram superadas!
O autor descreve-nos, pelo enredo do romance, 30 anos da nossa História e não só!
Ele começa por mostrar o impacto da queda da Monarquia e ascenção da Républica no nosso país e alguns anos depois a chegada da ditadura com o inicio do Estado Novo e de Salazar, com todas a consequências que daí surgiram.
De uma forma brilhante leva os personagens pela Europa, relatando os acontecimentos em Espanha na mesma altura, em Guerra civil, com a subida de Franco ao Poder e também na Alemanha, com Hitler e a perseguição aos Judeus... Mas vai mais longe, no além mar, também a ditadura se havia instalado, com a Governação de Getulio Vargas no Brasil e a queda dos Barões do Café.
No meio de toda a politica o autor consegue ainda salientar a descoberta de uma Lavadeira que se viria a tornar uma Fadista mundialmente conhecida - Amália Rodrigues - e actrizes como Amélia Rey Colaço e Beatriz Costa, valorizando assim a cultura portuguesa numa altura em que quase nada se podia fazer neste nosso Portugal.
No meio de muitas confusões, muitas foram as escolhas que tiveram de fazer para conseguirem seguir com as suas vidas.
(Pag. 525)
"Há decisões que se tomam e que se lamentam a vida toda e há decisões que se amarga a vida toda não ter tomado. E há ainda ocasiões em que uma decisão menor , quase banal, acaba por se transformar , por força do destino, numa decisão imensa, que não se buscava mas que vem ter conosco, mudando para sempre os dias que se imaginava ter pela frente. Às vezes são até estes golpes do destino que se substituem à nossa vontade paralisada , forçando a ruptura que temíamos quebrando a segurança morta em que habitávamos e abrindo portas ao desconhecido de que fugíamos."
Sem duvida um livro sublime.
Quando termino um livro assim, pergunto-me quantos tesouros destes mais terei eu "esquecidos" na minha estante... andei um ano a passar por ele todos os dias e só agora lhe peguei!
O autor descreve-nos, pelo enredo do romance, 30 anos da nossa História e não só!
Ele começa por mostrar o impacto da queda da Monarquia e ascenção da Républica no nosso país e alguns anos depois a chegada da ditadura com o inicio do Estado Novo e de Salazar, com todas a consequências que daí surgiram.
De uma forma brilhante leva os personagens pela Europa, relatando os acontecimentos em Espanha na mesma altura, em Guerra civil, com a subida de Franco ao Poder e também na Alemanha, com Hitler e a perseguição aos Judeus... Mas vai mais longe, no além mar, também a ditadura se havia instalado, com a Governação de Getulio Vargas no Brasil e a queda dos Barões do Café.
No meio de toda a politica o autor consegue ainda salientar a descoberta de uma Lavadeira que se viria a tornar uma Fadista mundialmente conhecida - Amália Rodrigues - e actrizes como Amélia Rey Colaço e Beatriz Costa, valorizando assim a cultura portuguesa numa altura em que quase nada se podia fazer neste nosso Portugal.
No meio de muitas confusões, muitas foram as escolhas que tiveram de fazer para conseguirem seguir com as suas vidas.
(Pag. 525)
"Há decisões que se tomam e que se lamentam a vida toda e há decisões que se amarga a vida toda não ter tomado. E há ainda ocasiões em que uma decisão menor , quase banal, acaba por se transformar , por força do destino, numa decisão imensa, que não se buscava mas que vem ter conosco, mudando para sempre os dias que se imaginava ter pela frente. Às vezes são até estes golpes do destino que se substituem à nossa vontade paralisada , forçando a ruptura que temíamos quebrando a segurança morta em que habitávamos e abrindo portas ao desconhecido de que fugíamos."
Sem duvida um livro sublime.
Quando termino um livro assim, pergunto-me quantos tesouros destes mais terei eu "esquecidos" na minha estante... andei um ano a passar por ele todos os dias e só agora lhe peguei!
April 30, 2014
Por muito que não o queiramos, é quase impossível não tecermos comparações entre este livro e o best-seller “Equador�, livro excepcional que, até aos dias de hoje, consta na galeria dos meus livros favoritos.
“Rio das Flores� tem alguma coisa de “Equador�.
Primeiro, tem aquela fluência e beleza linguística e narrativa que, honestamente, me faz lembrar Eça de Queirós e que já o havia constatado em “Equador�. Depois, novamente Miguel Sousa Tavares (MST) imprime um ritmo alucinante à narrativa que mal nos deixa respirar, inundando-nos de acontecimentos históricos e de detalhes deliciosos sobre o modo de vida e das situações sociopolítica da época. E, finalmente mas de uma enorme importância, a força e o carácter dos personagens principais, as suas convicções bem enraizadas e fundamentadas que dão ao romance um cunho que ultrapassa o mero romance histórico.
O Portugal rural está aqui bem caracterizado assim como o proprietário abastado, dono de uma vasta propriedade e cuja importância está bem vincada na sociedade local. A república é muito jovem e em Lisboa sucedem-se as confusões que vão dar origem ao Estado Novo e à ditadura. MST faz um belíssimo trabalho na explanação dos acontecimentos, inserindo-os na história da família Ribera Flores.
Ao longo do romance, que li num ápice, vamos descobrindo as razões por detrás das razões de muitas decisões que levaram muitos a exilarem-se, a combater por ideais ou a mudar de barricada conforme as circunstâncias. O autor vai expressando as suas ideias de uma forma clara mas sem influenciar ou omitir os verdadeiros acontecimentos. É verdade que, por vezes, MST se excede um pouco nos adjectivos utilizados para caracterizar certos personagens, no entanto acaba por dizer aquilo que pensamos.
Um romance excepcional que me cativou desde a primeira página. Adorei ler sobre o meio rural português dos anos 20 e 30. Dos ideais políticos e das motivações que transformaram Portugal e a Europa nos anos 30 e da descoberta do verdadeiro Eu do principal personagem da obra que, a meu ver, dão um importante tom humanista a esta obra.
“Rio das Flores� tem alguma coisa de “Equador�.
Primeiro, tem aquela fluência e beleza linguística e narrativa que, honestamente, me faz lembrar Eça de Queirós e que já o havia constatado em “Equador�. Depois, novamente Miguel Sousa Tavares (MST) imprime um ritmo alucinante à narrativa que mal nos deixa respirar, inundando-nos de acontecimentos históricos e de detalhes deliciosos sobre o modo de vida e das situações sociopolítica da época. E, finalmente mas de uma enorme importância, a força e o carácter dos personagens principais, as suas convicções bem enraizadas e fundamentadas que dão ao romance um cunho que ultrapassa o mero romance histórico.
O Portugal rural está aqui bem caracterizado assim como o proprietário abastado, dono de uma vasta propriedade e cuja importância está bem vincada na sociedade local. A república é muito jovem e em Lisboa sucedem-se as confusões que vão dar origem ao Estado Novo e à ditadura. MST faz um belíssimo trabalho na explanação dos acontecimentos, inserindo-os na história da família Ribera Flores.
Ao longo do romance, que li num ápice, vamos descobrindo as razões por detrás das razões de muitas decisões que levaram muitos a exilarem-se, a combater por ideais ou a mudar de barricada conforme as circunstâncias. O autor vai expressando as suas ideias de uma forma clara mas sem influenciar ou omitir os verdadeiros acontecimentos. É verdade que, por vezes, MST se excede um pouco nos adjectivos utilizados para caracterizar certos personagens, no entanto acaba por dizer aquilo que pensamos.
Um romance excepcional que me cativou desde a primeira página. Adorei ler sobre o meio rural português dos anos 20 e 30. Dos ideais políticos e das motivações que transformaram Portugal e a Europa nos anos 30 e da descoberta do verdadeiro Eu do principal personagem da obra que, a meu ver, dão um importante tom humanista a esta obra.
October 25, 2020
In his quest to insert the "saga" of two brothers from the interior of Portugal for the events of the country, Spain and Brazil in the first decades of the 20th century, the author, moreover, abuses didacticism, insistently repeating a scheme for which a character says something and, immediately afterwards, the subject is "clarified" by the narrator. For example (Diogo, the engineer brother, is speaking here): "What is happening in Spain? There were elections, the Republicans and the Socialists won, and there is a legitimate government in office. The people chose a government: knows the best alternative to governing nations? "
Then the narrator enters the scene: "Diogo was referring to the legislative elections of June 28 of that year, 1931, which had brought the left to power in Spain (...)". In this case, the "explanation" occupies only a small paragraph. To describe Salazar's rise, the reader is given eight pages ("I was going to be three years old since the Military Dictatorship was established and two years ago that the revolt of 27 had been suppressed ...").
And so, for more than 600 pages, the novel walks, which is read with an unhealthy mixture of fluency and indifference, as well as with a growing desire to read (or reread) Stendhal, who understood, so long ago, how to play this type of game, a game whose rules seem increasingly difficult to follow.
Source:
Then the narrator enters the scene: "Diogo was referring to the legislative elections of June 28 of that year, 1931, which had brought the left to power in Spain (...)". In this case, the "explanation" occupies only a small paragraph. To describe Salazar's rise, the reader is given eight pages ("I was going to be three years old since the Military Dictatorship was established and two years ago that the revolt of 27 had been suppressed ...").
And so, for more than 600 pages, the novel walks, which is read with an unhealthy mixture of fluency and indifference, as well as with a growing desire to read (or reread) Stendhal, who understood, so long ago, how to play this type of game, a game whose rules seem increasingly difficult to follow.
Source:
October 21, 2012
Não leio tudo o que Miguel Sousa Tavares escreve. E não sei porquê. Tudo o que ele escreve me prende e dá prazer, seja uma crónica num jornal, um relato de viagens ou um romance. Enquanto lia este “Rio das Flores� dava por mim sorrindo de encanto pelas frases e palavras que me transportaram à minha infância na aldeia.
A época histórica � 1915 a 1945 � em que ocorrem os acontecimentos narrados é muito interessante: A guerra civíl espanhola, a subida ao poder de Salazar, a 2ª Guerra Mundial, a viagem no Zepelim...
No meio destes acontecimentos, entre o Alentejo, Lisboa, Espanha, Brasil movimenta-se a família Ribera Flores, cujas figuras centrais são os irmãos Diogo e Pedro, um sonhador e insatisfeito, outro realista e conformado.
Embora este livro não me arrebatasse como o “Equador�, gostei e penso ser um livro que deveria ser mais “estimado�, porque fala do nosso povo, do nosso país e porque é de um grande escritor português.
A época histórica � 1915 a 1945 � em que ocorrem os acontecimentos narrados é muito interessante: A guerra civíl espanhola, a subida ao poder de Salazar, a 2ª Guerra Mundial, a viagem no Zepelim...
No meio destes acontecimentos, entre o Alentejo, Lisboa, Espanha, Brasil movimenta-se a família Ribera Flores, cujas figuras centrais são os irmãos Diogo e Pedro, um sonhador e insatisfeito, outro realista e conformado.
Embora este livro não me arrebatasse como o “Equador�, gostei e penso ser um livro que deveria ser mais “estimado�, porque fala do nosso povo, do nosso país e porque é de um grande escritor português.
April 8, 2014
O que dizer acerca deste livro que ainda não tenha sido dito?
Para quem, como eu, não viveu na época do estado novo e que acho a História desse período um tanto ou quanto confusa, valeu pela clarificação das razões de ter havido Estado Novo, da chegada e ascensão de Salazar ao poder, a Guerra Civil de Espanha, o envolvimento de Portugal nos bastidores da 2ª Guerra Mundial, embora a coberto de uma imparcialidade que afinal não existia. Gostei de ficar a perceber melhor todo esse período importante e de certo modo não tão longe assim.
O enredo centrado na saga familiar dos Ribera Flores também foi muito bem desenvolvido, embora o fim tenha-me parecido antecipado, pois ainda gostaria de saber de Maria da Gloria sempre teria ido ao Brasil ou como seria a vida conjugal de Amparo e de Pedro. Mas, calculo que o autor quisesse terminar neste ponto, para deixar os leitores tirarem as suas próprias conclusões, o que me parece muito inteligente.
Para quem, como eu, não viveu na época do estado novo e que acho a História desse período um tanto ou quanto confusa, valeu pela clarificação das razões de ter havido Estado Novo, da chegada e ascensão de Salazar ao poder, a Guerra Civil de Espanha, o envolvimento de Portugal nos bastidores da 2ª Guerra Mundial, embora a coberto de uma imparcialidade que afinal não existia. Gostei de ficar a perceber melhor todo esse período importante e de certo modo não tão longe assim.
O enredo centrado na saga familiar dos Ribera Flores também foi muito bem desenvolvido, embora o fim tenha-me parecido antecipado, pois ainda gostaria de saber de Maria da Gloria sempre teria ido ao Brasil ou como seria a vida conjugal de Amparo e de Pedro. Mas, calculo que o autor quisesse terminar neste ponto, para deixar os leitores tirarem as suas próprias conclusões, o que me parece muito inteligente.
February 28, 2019
"Tenho medo que a liberdade se torne um vício '
💗
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September 11, 2024
Adorei!
Senti-me agarrada à história do princípio ao fim. Confesso que houve dias em que sentia necessidade de ir ler para saber o que iria acontecer com os Ribera Flores. Já tenho saudades desta família, que como tantas outras tem as suas vivências, amores e desamores.
Gostei bastante do retrato histórico que é feito e de todo o enquadramento dado ao lado mais fictício.
Confesso que senti uma facada com a decisão final do Diogo e, agora a frio, ainda não consigo compreender. Senti-me eu própria traída, apesar de ser uma traição bem previsível.
Já tinha lido "Equador" e gostei bastante. Espero ler mais obras de MST.
Senti-me agarrada à história do princípio ao fim. Confesso que houve dias em que sentia necessidade de ir ler para saber o que iria acontecer com os Ribera Flores. Já tenho saudades desta família, que como tantas outras tem as suas vivências, amores e desamores.
Gostei bastante do retrato histórico que é feito e de todo o enquadramento dado ao lado mais fictício.
Confesso que senti uma facada com a decisão final do Diogo e, agora a frio, ainda não consigo compreender. Senti-me eu própria traída, apesar de ser uma traição bem previsível.
Já tinha lido "Equador" e gostei bastante. Espero ler mais obras de MST.
This entire review has been hidden because of spoilers.
September 10, 2023
Maravilhoso!
August 27, 2022
"- A tua opinião conta muito para mim e o que tu estas a dizer é grave. Estás a dizer que aquilo que para nós é essencial, que é a liberdade, a liberdade de se poder dizer o que se pensa, viver sem censura, sem polícia política, para o povo não é importante ou até é mesmo prejudicial?
-É, é isso mesmo...
-Então, a liberdade, Francisco, é um privilégio de classe? Aa democracias são um governo de privilegiado?
-Não: de países ricos, que nós não somos."
-É, é isso mesmo...
-Então, a liberdade, Francisco, é um privilégio de classe? Aa democracias são um governo de privilegiado?
-Não: de países ricos, que nós não somos."
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November 7, 2009
Com o segundo romance de Miguel Sousa Tavares, "O Rio das Flores", aconteceu-me algo de diferente na experiência que é ler um livro. Normalmente são as histórias que me cativam, os enredos, o suspense, o mistério... apesar de existirem personagens que pelas suas características já fazem parte da minha vida literária - é o caso de Dick Haskins, da dupla Sam Kovac e Nikki Liska ou Jane Rizzoli.
Mas, voltando a "Rio das Flores"...
A história é muito interessante, mostra um Portugal escondido, no interior do Alentejo, no seio da ditadura... Mas mais do que a história, foram as personagens que me cativaram e prenderam, da primeira à última página.
Pedro e Diogo, dois irmãos, filhos de Manuel Custódio Ribera Flores, proprietário rural de Estremoz e de Maria da Glória, esposa, mãe e guardiã da casa.
Pedro, decidido, autoritário no exercício profissional, defensor da ditadura e das elites, toma conta de Valmonte, a propriedade da família, após a morte do pai. Cinco anos mais novo que o irmão, não anseia por mais nada que não seja a terra onde nasceu, onde se sente dono e senhor. Racional. frio e calculista, luta pelos seus ideais, e é por eles (ou será para fugir da grande dor que transporta no coração?) que se alista na Guerra Civil Espanhola, para lutar contra os Republicanos. Destemido, luta por Espanha como pelo seu próprio país. O seu carácter introspectivo e dado a grandes silêncios, é reforçado com o seu regresso forçado a Portugal, mutilado, mas consciente que lutou pelo lado certo e por aquilo em que acredita.
Diogo, mais velho, emotivo... sonhador. Um homem que ama a liberdade, um democrata que ama a sua terra que ao mesmo tempo o sufoca, que desafia a ordem e os costumes instituídos ao casar com Amparo, filha de um ex-rendeiro, cigana. Sonha com a liberdade, ao mesmo tempo que se vê a viver e a sufocar num Portugal fechado, onde a ditadura ganha adeptos. Sonha com o Brasil, terra que virá a conhecer por motivos profissionais... terra pela qual adoece de amor, sem cura previsível...
Pedro, objectivo e directo, vê o seu lado pragmático ser abalado pelos seus sentimentos por Angelina, estudante de arte, para quem o Alentejo e Portugal são pequenos demais para a sua criatividade.
Diogo, apaixonado pela liberdade que em Portugal lhe é negada, parte para o Brasil, seguindo um sonho, deixando uma família...
Pedro e Angelina ... Diogo e Amparo ... As personagens apaixonantes que fazem um romance brilhante.
Mas, voltando a "Rio das Flores"...
A história é muito interessante, mostra um Portugal escondido, no interior do Alentejo, no seio da ditadura... Mas mais do que a história, foram as personagens que me cativaram e prenderam, da primeira à última página.
Pedro e Diogo, dois irmãos, filhos de Manuel Custódio Ribera Flores, proprietário rural de Estremoz e de Maria da Glória, esposa, mãe e guardiã da casa.
Pedro, decidido, autoritário no exercício profissional, defensor da ditadura e das elites, toma conta de Valmonte, a propriedade da família, após a morte do pai. Cinco anos mais novo que o irmão, não anseia por mais nada que não seja a terra onde nasceu, onde se sente dono e senhor. Racional. frio e calculista, luta pelos seus ideais, e é por eles (ou será para fugir da grande dor que transporta no coração?) que se alista na Guerra Civil Espanhola, para lutar contra os Republicanos. Destemido, luta por Espanha como pelo seu próprio país. O seu carácter introspectivo e dado a grandes silêncios, é reforçado com o seu regresso forçado a Portugal, mutilado, mas consciente que lutou pelo lado certo e por aquilo em que acredita.
Diogo, mais velho, emotivo... sonhador. Um homem que ama a liberdade, um democrata que ama a sua terra que ao mesmo tempo o sufoca, que desafia a ordem e os costumes instituídos ao casar com Amparo, filha de um ex-rendeiro, cigana. Sonha com a liberdade, ao mesmo tempo que se vê a viver e a sufocar num Portugal fechado, onde a ditadura ganha adeptos. Sonha com o Brasil, terra que virá a conhecer por motivos profissionais... terra pela qual adoece de amor, sem cura previsível...
Pedro, objectivo e directo, vê o seu lado pragmático ser abalado pelos seus sentimentos por Angelina, estudante de arte, para quem o Alentejo e Portugal são pequenos demais para a sua criatividade.
Diogo, apaixonado pela liberdade que em Portugal lhe é negada, parte para o Brasil, seguindo um sonho, deixando uma família...
Pedro e Angelina ... Diogo e Amparo ... As personagens apaixonantes que fazem um romance brilhante.
November 22, 2020
Carlos Ruiz Zafón dizia "Os livros são como espelhos e apenas vemos neles o que já temos dentro de nós". Talvez por isto este livro me tenha dito tanto. O enredo passa-se à volta de uma família Alentejana com descendência espanhola que vive em Estremoz. A história épica dos Ribera Flores, em particular dos irmãos Diogo e Pedro atravessa o falhanço da 1.ª República, a instauração do "Estado Novo", a Guerra Civil Espanhola e a II Guerra Mundial. Apesar de a história ser relativamente simples, a capacidade de escrita do autor é o que faz o livro. Uma espécie de realismo romântico transporta completamente o leitor desde a 1.ª à última página pelas planícies e ruralidade Alentejanas, por Lisboa dos anos 30, pelo Portugal da ditadura de Salazar, por voos de aviões e de glamorosos Zeppelins, por terras Espanholas banhadas de ódios fratricidas, guerra e sangue, pelo Brasil de Getúlio, pelas praias, sons e cheiros do mágico Rio de Janeiro e pelas fazendas do Rio das Flores. Mas o centro do livro, ou pelo menos assim o senti, é o Alentejo. Essa terra mágica onde as pessoas antes de serem feitas de carne ou de pele, são feitas do xisto espalhado pelas plan��cies, do sol que queima, do trigo, da força dos riachos que banham as pedras e das oliveiras que lá pertencem antes dos homens, do azeite, do vinho, dos sobreiros, das rolas e das águias e que com eles se confundem. Essa ligação dos Alentejanos à terra, ao seu “monte�, de onde nunca se separam e que ali sempre voltam.
October 15, 2020
(◔◡�) 𝔹𝕠𝕠𝕜 𝕣𝕖𝕧𝕚𝕖𝕨
.
� Olá amantes dos livros 😍
Tenho andando muito ausente, mas felizmente trago-vos a review deste livrinho que terminei de ler.
.
� Este livro "Rio de Flores" da @portoeditora é simplesmente FANTÁSTICO ❤️.
.
� Trata-se de um romance histórico, que retrata a vida e os acontecimentos mais marcantes da vida da família Flores. Por outro lado, vai falar-nos acerca do período do Estado Novo em Portugal, da Guerra Civil em Espanha, da implantação do Estado Novo no Brasil, na 2ª Guerra Mundial.
.
� Pode ao início, por esta informação toda, parecer um livro bastante chato. Mas acreditem que não é.
.
� Quando recebi o livro da @portoeditora, confesso que tinha as expectativas em alta. Agora que o acabei de ler essas expectativas foram mais do que superadas. O livro é INCRÍVEL ❤️.
.
� Posso também adiantar-vos que estava com um pouco de receio sobre a escrita de Miguel de Sousa Tavares. No entanto, ele utiliza vocábulos simples e bastante perceptíveis.
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� Por isso, maltinha, toca a ler este livro porque, para além de nos deliciarmos com um romance bem escrito, podemos ainda aprender mais sobre o nosso país e no mundo.
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� Olá amantes dos livros 😍
Tenho andando muito ausente, mas felizmente trago-vos a review deste livrinho que terminei de ler.
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� Este livro "Rio de Flores" da @portoeditora é simplesmente FANTÁSTICO ❤️.
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� Trata-se de um romance histórico, que retrata a vida e os acontecimentos mais marcantes da vida da família Flores. Por outro lado, vai falar-nos acerca do período do Estado Novo em Portugal, da Guerra Civil em Espanha, da implantação do Estado Novo no Brasil, na 2ª Guerra Mundial.
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� Pode ao início, por esta informação toda, parecer um livro bastante chato. Mas acreditem que não é.
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� Quando recebi o livro da @portoeditora, confesso que tinha as expectativas em alta. Agora que o acabei de ler essas expectativas foram mais do que superadas. O livro é INCRÍVEL ❤️.
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� Posso também adiantar-vos que estava com um pouco de receio sobre a escrita de Miguel de Sousa Tavares. No entanto, ele utiliza vocábulos simples e bastante perceptíveis.
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� Por isso, maltinha, toca a ler este livro porque, para além de nos deliciarmos com um romance bem escrito, podemos ainda aprender mais sobre o nosso país e no mundo.
October 25, 2018
quem nunca sofreu por amor nunca aprenderá a amar. amar é o terror de perder o outro, é o medo do silêncio e do quarto deserto, de tudo o que se pensa sem puder falar, do que se murmura a sós sem ter a quem dizer em voz alta. é preciso sentir esse terror para saber o que é amar.
miguel sousa tavares continua a surpreender-me pelo talento em viajar no tempo e trazer-nos relatos tão detalhados, tão aprofundados e tão bem descritos. para além de romances, as suas obras (equador, rio das flores) trazem-nos sempre um pedaço de história.
esta narrativa começa em 1915 e percorre 30 anos até 1945, acompanhando o horror e fim da segunda guerra mundial e abrangendo as ditaduras implementadas na altura (salazarista em portugal, de franco em espanha, mussolini em itália e de vargas no brasil). acima de tudo, ensina-nos o rio as flores, foram anos privados de liberdade.
acompanhamos, também, a família alentejana ribera flores, ao longo de três gerações.
uma viagem na qual vale, sem dúvida, a pena embarcar.
miguel sousa tavares continua a surpreender-me pelo talento em viajar no tempo e trazer-nos relatos tão detalhados, tão aprofundados e tão bem descritos. para além de romances, as suas obras (equador, rio das flores) trazem-nos sempre um pedaço de história.
esta narrativa começa em 1915 e percorre 30 anos até 1945, acompanhando o horror e fim da segunda guerra mundial e abrangendo as ditaduras implementadas na altura (salazarista em portugal, de franco em espanha, mussolini em itália e de vargas no brasil). acima de tudo, ensina-nos o rio as flores, foram anos privados de liberdade.
acompanhamos, também, a família alentejana ribera flores, ao longo de três gerações.
uma viagem na qual vale, sem dúvida, a pena embarcar.
August 26, 2013
Um enredo muito interessante, principalmente os dois irmãos (personagens principais) que criados no mesmo ambiente desde o nascimento , em Valmonte (Alentejo), possuem ideias e concepções acerca da vida e do mundo totalmente distintas e, no livro, essas diferenças são evidenciadas tornando a historia cativante. No entanto, ha que referir que o livro possui partes descritivas em excesso desnecessárias , o que, mesmo assim, não afeta o brilhante enredo romanceado que me levou a pensar e rever-me por dentro, facto principal de dar 5 estrelas a esta obra.
September 10, 2016
O autor escreve em notas que não é uma livro histórico, mas na minha modesta opinião senti que estava a estudar um livro de história e não a ler um romance. Isto porque mesmo com personagens marcantes (Diogo, Pedro, Amparo, Maria da Glória), o romance entra em descrições pormenorizaras que me fizeram desviar a atenção. Tem pontos positivos o cenário do Estado Novo e a história da emigração no Brasil; mas sei lá... falta-lhe aquele encanto que um verdadeiro romance histórico transmite que é entrar de tal forma na trama que o leitor parece que está vivendo nesse tempo.
September 17, 2012
Talvez o enredo pareça menos atraente ou "comercial" do que o do anterior romance histórico do autor, "Equador"; no entanto, acho que Miguel Sousa Tavares superou-se na descrição das personagens: sólidas, cheias de profundidade emocional e no entanto capazes de surpreender e de evoluir sem por isso perderem a coerência.
October 30, 2014
Um livro simplesmente delicioso. De leitura fácil este romance histórico, decorre com rapidez de acontecimentos apesar do seu número de páginas.
As personalidades e as escolhas das personagens estão bem descritas com uma coerência incrível.
Vale a pena ler.
As personalidades e as escolhas das personagens estão bem descritas com uma coerência incrível.
Vale a pena ler.
January 4, 2015
Apesar de ter gostado imenso... não me cativou da mesma forma que o "Equador" o fez no passado.
No entanto n~~ao deixa de ser um livro fantástico!
Recomendo a todos.
No entanto n~~ao deixa de ser um livro fantástico!
Recomendo a todos.
August 27, 2019
Miguel Sousa Tavares propôs-se a escrever um romance histórico entre 1915 até o 1945, fim da Segunda Guerra Mundial. O que só por si demonstra muita coragem, pois foram tempos bastante conturbados. O romance insere-se numa família alentejana, os Ribera Flores. Uma família fictícia, aliada a factos históricos, de modo a dar um contexto de como foi Portugal durante esses duros anos que se esbateram por todo o mundo.
De início o romance avança lento e pautado, mas há medida que os acontecimentos avançam vertiginosos, o romance perde um bocado do seu sentido e a história torna-se escassa. Possivelmente porque não basta um livro (mesmo com 600 páginas) para conseguir traduzir tudo o que se pretendia.
O final do romance pareceu-me um bocado ilógico e abrupto, aliado com as poucas manifestações sobre a Segunda Guerra Mundial.
Contudo, é uma leitura bastante acessível e o contexto histórico por detrás torna o romance bastante mais empolgante, pelo o que vale a pena lê-lo. E é, sem dúvida, o que torna o livro tão reflexivo e interessante. É um misto de vergonha enorme por toda a ascensão ditatorial que tomou, como uma febre, posse de variados países nesses anos. E um interesse sempre presente em descobrir e redescobrir essa negra história que nos choca sempre.
Ao cabo das várias páginas sobre os factos históricos do século XX, dei-me sempre a pensar naquela mítica conversa entre o Administrador e o Selvagem, de Admirável Mundo Novo. Foram anos cheios de sofrimentos, mortes, ditaduras, perseguições, censuras, falta de liberdade. Mas também foram tempos ricos de ideias, de arte, de contra censura, de evolução cientifica e de irmandade. Foram tempos em que vimos o mais belo e o mais horrendo do ser humano.
"It's a strange world, isn't it?" Jeffrey Beaumont - Blue Velvet
De início o romance avança lento e pautado, mas há medida que os acontecimentos avançam vertiginosos, o romance perde um bocado do seu sentido e a história torna-se escassa. Possivelmente porque não basta um livro (mesmo com 600 páginas) para conseguir traduzir tudo o que se pretendia.
O final do romance pareceu-me um bocado ilógico e abrupto, aliado com as poucas manifestações sobre a Segunda Guerra Mundial.
Contudo, é uma leitura bastante acessível e o contexto histórico por detrás torna o romance bastante mais empolgante, pelo o que vale a pena lê-lo. E é, sem dúvida, o que torna o livro tão reflexivo e interessante. É um misto de vergonha enorme por toda a ascensão ditatorial que tomou, como uma febre, posse de variados países nesses anos. E um interesse sempre presente em descobrir e redescobrir essa negra história que nos choca sempre.
Ao cabo das várias páginas sobre os factos históricos do século XX, dei-me sempre a pensar naquela mítica conversa entre o Administrador e o Selvagem, de Admirável Mundo Novo. Foram anos cheios de sofrimentos, mortes, ditaduras, perseguições, censuras, falta de liberdade. Mas também foram tempos ricos de ideias, de arte, de contra censura, de evolução cientifica e de irmandade. Foram tempos em que vimos o mais belo e o mais horrendo do ser humano.
"It's a strange world, isn't it?" Jeffrey Beaumont - Blue Velvet
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