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A Noite em que o Verão Acabou

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14 de Setembro de 1998. O dia em que Chatlam, uma pequena vila americana, acordou em choque com o homicídio de Noah Walsh. O principal suspeito: a sua filha de dezasseis anos. No Verão de 1987, o adolescente Pedro Taborda apaixona-se por Laura Walsh, a filha mais velha de um magnata nova-iorquino. Ela e Levi � uma criança misteriosa � passam férias com os pais no Lagoeiro, uma pacata cidade algarvia. Rica e moderna, a família Walsh tem tudo para dar muito nas vistas no sul de Portugal. Inebriado pelas formas perfeitas e pelos modos ousados de Laura, Pedro encontra na rapariga americana o seu primeiro amor. Mas quando o Verão acaba, a família Walsh regressa aos Estados Unidos e o destino fica por cumprir.

Dez anos depois, Pedro, decidido a tornar-se escritor, vai estudar para Nova-Iorque. Fascinado com Gary List, antigo prodígio das letras americanas, chega aos Estados Unidos determinado a perseguir os sonhos da juventude. Ao reencontrar Laura, está longe de suspeitar que esse acaso o mergulhará no crime mais falado dos anos noventa, o homicídio do milionário Noah Walsh.

Com um segundo homicídio a atrapalhar a investigação e uma corrida para salvar Levi, de apenas dezasseis anos, acusada de matar o pai, Pedro e Laura enredam-se irremediavelmente na teia de segredos que envolve a família Walsh, desde os anos quarenta do século XX até ao impensável desfecho nas primeiras décadas do novo milénio.

Porque em Chatlam � e neste thriller imparável � nada é o que parece.

O QUE ESCONDE LEVI WALSH?

672 pages, Paperback

First published November 5, 2019

75 people are currently reading
1,847 people want to read

About the author

João Tordo

45books1,644followers
João Tordo was born in Lisbon in 1975.
In 2009, he won the prestigious José Saramago Literary Prize with the novel "As Três Vidas", also shortlisted for the Portugal Telecom Prize in Brazil. He was shortlisted four times for the prestigious Fernando Namora Literary Prize (2011, 2012, 2015, 2016) and twice for Best Novel at the Portuguese Author's Society (2011 and 2015). He was also shortlisted for the European Literary Award in 2012 and received the GQ Magazine Literature Prize 2014. His novels have been published in several countries, including France, Italy, Spain, Germany, Hungary, Mexico, Argentina or Brazil. He has published eleven novels.

João Tordo nasceu em Lisboa em 1975. Formado em Filosofia pela Universidade Nova de Lisboa, venceu o Prémio Literário José Saramago 2009 com As Três Vidas (2008), tendo sido finalista, com o mesmo romance, do Prémio Portugal Telecom, em 2011. Foi também finalista do Prémio Melhor Livro de Ficção Narrativa da Sociedade Portuguesa de Autores em 2011 e 2015 e do Prémio Fernando Namora em 2011, 2012 e 2015; e ainda da 6.ª edição do Prémio Literário Europeu. Recebeu o prémio Homem do Ano - Categoria Literatura da revista GQ em 2014. Os seus livros estão publicados em vários países, incluindo França, Itália, Alemanha, Espanha, Hungria, México ou Brasil. Em 2017 publicou "O Deslumbre de Cecilia Fluss", o último volume de uma trilogia.

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5 stars
723 (38%)
4 stars
866 (45%)
3 stars
254 (13%)
2 stars
39 (2%)
1 star
11 (<1%)
Displaying 1 - 30 of 247 reviews
Profile Image for éԾ.
Author6 books712 followers
November 18, 2019
Estas 5 estrelas, na verdade, são 7. Porquê?

1. João Tordo é sempre João Tordo, quer nos ponha no meio de uma enorme angústia pessoal, daquelas que nos levam a revirar as entranhas, quer nos leve em ritmo frenético pelos meandros de um crime. Mesmo quando os livros são densos, pelas temáticas, a escrita do João é sempre muito simples e fluída. Isso faz com que, mesmo quando os assuntos são pesados, a leitura seja sempre fácil.

2. Neste romance de quase 700 páginas, não se sente o peso da sua extensão. Li-o em 13 dias e podia ter demorado ainda menos, se a vida não se tivesse atravessado no meio. As últimas 300 páginas não foram lidas; foram devoradas! Há sempre tanta coisa a acontecer, tanta informação a ser desvendada no ritmo certo...

3. O livro engana. Entramos nele a pensar que é uma coisa e acaba por ser outra completamente diferente. Não esperava aquele desfecho. Só consegui inferir uma das situações, mas tudo o resto esteve sempre bem escondido - mesmo para mim, que leio dezenas de thrillers e já sei que há sempre twists nas alturas mais inusitadas.

4. A maneira como todas as pontas são atadas é genial. Num livro com tantos detalhes, seria normal que houvesse qualquer coisa que não batesse certo. Mas não há, de todo. Só posso imaginar o trabalho (árduo) que terá sido montar este esquema todo e fazê-lo funcionar!

5. Consigo perfeitamente imaginar este livro transformado num filme. Ou, melhor ainda, numa mini-série. Sei exactamente quem imagino a dar vida a algumas destas personagens e isso, sendo tendencioso, é também uma maravilha, porque adiciona à história um polimento final de realidade como tantos e tantos livros não conseguem fazer.

Em suma: foi uma leitura fabulosa, que me deixou aquela sensação de vazio que só temos quando fechamos os livros que são realmente muito bons. Aconselho vivamente a quem goste de histórias bem contadas, com reviravoltas bem construídas e personagens com muito sumo. Leiam!
Profile Image for Lúcia Fonseca.
273 reviews50 followers
November 25, 2019
De forma geral gostei do livro, mas não acho que isto seja um thriller. E se pensar que não é um thriller gosto mais do livro. Considero que seja um romance (no sentido académico do termo) em que aparecem 2 pessoas mortas. Não me pareceu, de todo, que o foco principal da história fosse saber quem cometeu os crimes. Além disso, achei que a história poderia ter sido contada em menos páginas. No entanto, prende de tal forma que só ficamos descansados quando chegamos ao fim.
Gostei bastante das personagens principais, Laura e Pedro e adorei o maluco do Gary List.
Não percebi a capa. Não tem nada a ver com a história.
Este livro tem algo de cinematográfico. Bem adaptado daria um bom filme.
Se já leram algo do autor e não vos cativou experimentem este livro.
Profile Image for Célia Loureiro.
Author25 books932 followers
October 3, 2020
“A Noite em que o Verão Acabou� é a minha estreia com João Tordo. Terminei o romance com a sensação de que não devia ter começado a lê-lo por este. Julgo entender que este é um livro “fora da sua praia�, em que se aventurou num novo género. Eu não percebo muito do género thriller, mas creio que o thriller é aquele género de filme/livro em que há um bandido à solta e os bons têm de o parar. Aqui, e segundo a sinopse anuncia, houve um crime, há um suspeito e procura-se a verdade. Nesse sentido, diria que é mais um� mistério? Ou um romance no qual acontece um assassinato. Acho mais correto assim: é um romance no qual, por acaso, uma pessoa é assassinada.
“Aquele caso era, na verdade, uma história de amor. Ou mais de uma.�

Tirei várias conclusões a respeito do livro, e também senti que fiquei um bocadinho por dentro daquilo que é o trabalho do autor.
Vou ensanduichar a minha opinião, porque há coisas boas e más à mistura.

Começando pelas coisas boas :
- A escrita, que é clara e flui, nada de floreados desnecessários;
- Os diálogos, que acabam por ser espirituosos;
- As personagens, que mais ou menos interessantes se mantêm fiéis à sua personalidade;
- O trabalho gigantesco que é evidente que o autor levou a cabo para pôr de pé uma obra deste tipo, com várias pontas soltas � que, aliás, vai unindo a seu tempo, o que expõe o planeamento por detrás do livro;
- Na sequência do ponto anterior, as analepses encaixam bem umas nas outras;
Por tudo isto, penso que voltarei a ler João Tordo, mas no registo que é “dele�, e num livro mais pequeno.

Agora vou alongar-me nas más, porque foram o que minou a leitura: :
- O livro é enorme, com mil e um subenredos, e nem todos acrescentam grande coisa à história � por exemplo, há demasiadas páginas em torno da carreira frustrada da personagem principal, da sua tentativa de se formar na New York University. Também há muita insignificância em torno de rotinas diárias, coisas que podiam ser abreviadas até para não nos afastar do cerne do livro. E também há o facto de, a cada revelação a respeito do caso, se recapitular grande parte deste, o que a dada altura torna aquilo que seria a parte interessante da história � o assassinato e a investigação � um pouco aborrecidos;
- Há muitos anacronismos históricos que me tiraram da ação, dos quais destaco alguns: o Hospital de Portimão referenciado em 1987, quando apenas foi inaugurado em 1999, Havaianas no Algarve em 1987, quando também só chegaram ao país em 1999, “televisores gigantescos� no Algarve de 1987, jogos em rede com utilizadores de todo o mundo em 1998, câmaras de televisão por cabo em 2008 ainda a utilizar cassete (aqui é o contrário, já havia câmaras digitais com memória digital);
- Outros problemas com o enredo prendem-se com incongruências, isto é, com circunstâncias que não me convenceram � um rapaz de 13 anos que fala Inglês perfeito, e que só se atrapalha com uma expressão: Pen pal, mas depois se sai com outras que até eu desconhecia (digo “eu� que vejo filmes e séries há 30 anos, que leio em Inglês (não mais porque sou preguiçosa) que fui professora voluntária de Inglês por dois anos, e que trabalho em Inglês há 10: housebroken, para “domesticado� � é que estamos no Portugal de 1987, e embora o Pedro diga que aprendeu Inglês a ler e a ver filmes, parece-me altamente conveniente que assim seja para o enredo, e nada verossímil;
- Também me debati com o modo como a personagem se dirigia aos membros da família � isto é, o romance é contado na primeira pessoa por Pedro Taborda, mas dirigia-se a algumas personagens com um distanciamento que me deixou alerta. Sendo o livro um pretenso thriller, e referindo-se sempre à irmã como “Júlia�, e raramente como “a minha irmã�, e ainda à tia-avó como Lucília, e nem sempre “a tia�, perguntei-me se viriam a ser suspeitas de algum crime ao longo do livro;
- Outra dúvida são algumas expressões que surgem em Português, quando supostamente todos os diálogos do livro passados nos Estados Unidos devem ser em Inglês. “Com a breca!�, “Três é a conta que Deus fez�, ditos por personagens americanas, põem-me ali às voltas para tentar perceber o que teriam dito os yankees na realidade;
- Outra coisa que dificultou a leitura foi o facto de muitas personagens serem estereotipadas � perdi a conta a quantos americanos eram “gordos�, ou moviam o rabo assim ou assado; o advogado tinha o perfil de fuinha que se associa a vários advogados, os polícias tinham um quê de idiotas corados que comem donuts, as jovens são muito bonitas, os homens de negócios passam muito tempo fora de casa, e por aí fora;
- Por último, o que mais atrapalhou a leitura foram as inverosimilhanças na história, e neste ponto deixo as coisas com a proteção do spoiler. Quem ainda não leu o livro não abra. Começo por dizer que o que se segue são reflexões de uma pessoa que, desde que o confinamento começou, deve ter assistido a 13 temporadas de Forensic Files, no Youtube. Trata-se de uma espécie de minidocumentários sobre crimes ocorridos na América, ao longo das últimas décadas (e também Canadá e Austrália), e como a polícia os resolveu através da Ciência Forense. Cada episódio tem 20 e poucos minutos e basicamente mostra como a ciência é fulcral ao serviço da justiça. Neste romance, a ciência forense não existe.


Fechando a sanduíche:
É um bom esforço, com partes interessantes e alguns trechos de boa prosa. Porém, torna-se demasiado grande, demasiado inverosímil nalgumas partes, demasiado fantasioso e novelesco noutras. Isso e o facto de no livro subsistirem tantos núcleos, tantas histórias e tempos paralelos� Lembrei-me sempre da máxima “menos é mais�. Se o Taborda (já agora um tipo sem sal nem grande personalidade) está a contar a história como num romance, porque não ser objetivo?
Vou voltar a tentar ler João Tordo, mas da próxima comprometo-me com um livro mais pequeno.
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Revisto para 2** agora que do livro só me ficou a sensação de thriller furado
Profile Image for Fátima Linhares.
796 reviews283 followers
October 5, 2021
Aviso: pode conter spoilers, ou não! :D

Na capa do livro diz "thriller", ora, se um livro sobre um tipo que ficou preso na friendzone desde o verão de 1987 é um thriller, eu vou ali e já venho.
Começo por esclarecer que li todas as palavras deste livro até à página 280*, nota de rodapé da página 170 incluída, depois comecei a pensar, isto não ata nem desata. São páginas e páginas, alguns capítulos/partes têm mais de 30 páginas(!!!) de nada. Não acontece nada! E não é isso que, para mim, um thriller deve ser. Depois comecei a sentir vibes de Joel Dicker, que para muitos será um escritor medíocre, mas que, dos dois calhamaços que li, me fez querer virar as páginas e saber o que vai acontecer a seguir, e isso já diz muito! Aqui só senti vontade de virar as páginas quando comecei a ler na diagonal. Até à página 359 houve partes que nem li, nomeadamente os encontros do Pedro Taborda com o seu mentor, o escritor Gary List. E as partes em que a mãe da Laura aparecia também foram todas alegremente ignoradas. E o que é curioso? Não me perdi na história! Querem prova melhor de que é só palha? Palha everywhere!? Agora podem dizer ah, mas os thrillers de Lars Kepler, de que gosto, também têm muitas páginas! Pois, mas são capítulos curtos, com duas, três, na loucura cinco páginas que dão vontade de continuar a ler e imprimem ritmo, coisa que aqui não acontece. O autor nem sequer consegue fazer um cliffhanger de jeito de umas partes para as outras! E tantas analepses para quê? Não dizem nada! Que é que interessa para a história o facto de a Levi ter sido dada como desaparecida (estava a ver qualquer coisa ao fundo da rua!) no Algarve, quando os pais estavam lá de férias, para a ação principal? Eu digo-vos, NADA!!! Vamos agora à história em si. Um casal de americanos milionários, com duas filhas, Laura e Levi, passa o verão de 1987 no Algarve, isto só por si já parece estranho, se fossem camones das terras da rainha Elizabeth II, agora americanos! Tipo, eles têm a Florida! Para que raios vinham ao Algarve??! Mas relevemos. Depois, o pai do Pedro Taborda, o puto de treze anos que começa a descobrir as maravilhas daquilo que tem entre as pernas nesse verão, nomeadamente na açoteia a espiar a Laura, tem uma câmara de filmar que leva para uma festa para a qual foram convidados pelos americanos, e filma lá um discurso do Noah Walsh. Considerando que o pai do Pedro não tinha lá grande simpatia pelo Noah, pois passou vergonhas a jogar golfe com ele, por que raios iria filmar o homem? Eu digo-vos porquê! Porque o filho precisava dessa cassete 30 anos mais tarde para descobrir o assassino! Passemos agora ao evento principal deste "thriller", a morte do Noah Walsh. A filha mais nova, Levi, é apanhada em flagrante, mas será que foi isso que aconteceu? Lá vai presa, a irmã, Laura, visita-a na prisão e depois anda a passarinhar com o Pedro Taborda, que, oh coincidência! estava nas Américas a estudar, quando se deu o assassínio, e ninguém trata de arranjar imediatamente um advogado para a miúda!?!?! Nos filmes a primeira coisa a fazer é lawyer up. Depois aparece a mãe das miúdas, por esta altura já divorciada do Noah, e ainda quer meter o bedelho? E no fim, ainda tem direito aos bens do falecido?!? O direito sucessório norte-americano é peculiar, mas mesmo assim, a ex-mulher ainda herda do ex-marido? Se alguém souber como isto se processa, faça favor de me elucidar. Pronto, o crime acontece, a irmã é condenada, passam dez anos e o nosso Pedro Taborda está casado e com um filho pequeno. Casou com a Laura? Claro que não, friendzone, remember?! Outra coisa engraçada, o Pedro Taborda gasta páginas inteiras a descrever a sua amada Laura, e não diz sequer como conheceu a mulher? (Ou estaria nas páginas que passei à frente?) Isso é tão errado, menino Pedro! Como estava a escrever, passam dez anos e o crime volta a assombrar o Pedrinho. Lá deixa ele a mulher e o filho pequeno em Lisboa (sem comentários) para ver se agora conseguem descobrir o que realmente aconteceu na fatídica noite de 14 de setembro de 1998. Lá andam para trás e para a frente e...mais analepses, agora para 1965, - já não bastavam as de 1987- quando Noah Walsh, o morto, era adolescente! Isto já vai longo, por isso, antes que pareça muita palha, em resumo, descobrem coisas podres sobre o pai da Laura e da Levi e as maroteiras que ele e o sócio faziam com as miúdas do colégio privado que a Levi frequentava. Acabam finalmente por deslindar o plano furado do Noah Walsh, que queria desaparecer, mas vivo, só que acabou por desaparecer, mas morto, vicissitudes de quem planeia matar o sócio e fazer-se passar por ele, para que as filhas recebam o seu seguro de vida, e pronto. E o assassino, alguém que ninguém esperava porque a relevância dele era tão relevante, perdoem a redundância, que ninguém dava por ele. O Johny Thrush escreve bem, isso é inegável, mas neste livro, obviamente escreveu demais! As personagens são todas tão totós que dói e o enredo também é pobrezinho. A minha personagem preferida foi Mookerjee, o roommate de Pedro Taborda, o único que tinha os parafusos bem apertados, se não, atentem:

«Que digas a verdade ao teu professor», sugeriu. «Se isso te incomoda assim tanto, então livra-te dessa carga negativa, dessa pedra que carregas às costas. Senão, nunca mais consegues levantar a cabeça, meu.
Recostei-me na cadeira e respirei fundo.
«Ao fim de um ano de curso? Era um enorme tiro no pé.»
«Tiros no pé é a tua especialidade», afirmou Mookerjee. «A correr atrás de uma miúda rica e a lixar a tua carreira universitária com chorinhos.»


Só não leva uma estrela porque o João Tordo sabe escrever, talvez de mais, mas sabe!

Termino com umas palavras sábias da tia Agatha, uma autora cujos policiais quase nunca ultrapassaram as duzentas páginas, e olhem que ela escreveu muitos e vendeu milhões de cópias!

Da sua autobiografia, um calhamaço com 704 páginas que nunca é aborrecido! Página 437.

Se quer escrever um livro, estude de que tamanho são os livros que se vendem e escreva dentro desses limites. Se quiser escrever um certo tipo de conto para um certo tipo de revista, tem de cumprir o tamanho e tem de ser o tipo de história publicado por essa revista. Se gosta de escrever apenas para si, é diferente - pode escrever o livro do comprimento que quiser; mas provavelmente terá de se dar por feliz com o prazer de o ter escrito.

*Podem dizer que não li o livro todo, pois de facto não o li, mas do que li, as 280 páginas e, depois disso, os diálogos das páginas seguintes, pois basta ler os diálogos, e não todos, mais uma prova de que é muita palha, devo ter lido à volta de umas 400 páginas, que deveria ter sido o total de páginas deste livro, menos até.
Profile Image for Joana Esteves.
77 reviews42 followers
July 1, 2020
4 estrelas um bocadinho tremidas, mas dar 3 estrelas também não faria justiça àquilo que foi a minha experiência de leitura.

Por um lado:
- não tendo desconfiado de todos os pormenores, também não posso dizer que o final me apanhou totalmente desprevenida;
- há alguns detalhes na história que não me pareceram totalmente credíveis;
- e não é um thriller daqueles que nos tira o fôlego�

� MAS, por outro lado:
- sinto que foi o livro certo para o momento certo! 667 páginas que li relativamente rápido (tendo em conta o que tem sido o meu ritmo de leitura este ano�) e uma história que gostei de ler e de descobrir e que me deixou com aquela sensação de pena por ver chegar ao fim. Acho que se olhar para o livro como um romance que tem um crime/mistério pelo meio, retirando-lhe “o peso� do rótulo de thriller, ajuda a solidificar um pouco as 4 estrelas que atribuí. Gostei bastante do facto desta história se desenrolar em diferentes momentos temporais, o que nos permite acompanhar de certa forma a evolução de algumas personagens, e houve algumas situações/temas que gostava de ter visto mais exploradas.

A par de alguns comentários que li aqui pelo ŷ, também acho que era interessante ver esta história adaptada para uma série!

P.S. � Deparei-me com uma série de erros ortográficos/de digitação que me obrigaram a relembrar-me algumas vezes que se tratava de uma 1ª Edição. Espero que já tenham sido rectificados entretanto.
Profile Image for Sofialibrary.
289 reviews281 followers
November 6, 2021
No Verão de 1987, o adolescente português Pedro Taborda, apaixona-se pela americana Laura Walsh.
Laura é filha de um magnata nova iorquino, Noah Walsh, e a família passa ocasionalmente férias no Algarve.

Anos mais tarde, em 1998, Noah Walsh é assinado nos EUA e a principal suspeita é uma das suas filhas.
Pedro Taborda, que está no continente americano a estudar para ser escritor, reencontra e ajuda Laura na tentativa de perceber o que se passou.

Todo o livro se desenrola sobre o que realmente aconteceu naquele dia, várias teorias, várias versões, sempre alternando com o passado e com a vida actual de Pedro também.

A parte que acabei por gostar mais foi sobre a vida de Pedro e a sua complexidade, as suas aspirações, inseguranças e incertezas. Sobre os seus sonhos, sobre o impossível, sobre a adolescência, sobre os pensamentos e atitudes da juventude, sobre as suas fragilidades, sobre certezas e incertezas, sobre escrever, sobre reconhecimento, sobre mérito, sobre mentiras, sobre uma história de amor, ou várias.

" (�) o amor é, será sempre, uma coisa inexplicável. É o lugar onde todas as coisas nascem e todas as coisas perecem. (�) É tudo, está em toda a parte e não pode ser encontrado."

Gostava de ter gostado muito mais, acho que podia ser bastante mais.
A premissa até é muito interessante mas, quase 700 páginas para descobrir o que verdadeiramente aconteceu, acaba por ser demasiado.

Achei inclusivamente muito parecido com o Harry Quebert do Joel Dicker, sobretudo na parte em que o personagem principal tem um escritor como mentor e ídolo.
Profile Image for Claudia.
343 reviews201 followers
January 16, 2020
Olha fui apanhada na curva. Gosto disso. Pensava que teria desfecho que não teve. Felizmente. Farei vídeo a justificar e a partilhar a minha opinião. Mas adianto que com menos 100-200 páginas teria ficado perfeito 👌

Opinião em vídeo

Profile Image for Sara Oliveira.
455 reviews781 followers
September 3, 2023
A versão mais curta desta review é que até gostei do mistério e do set-up todo à história, mas acredito que o livro é desnecessariamente comprido e não apreciei a quantidade de vezes que as personagens foram sexualizadas, as constantes menções a seios, ou outros momentos que acredito terem sido desnecessários para o desenvolvimento da história, como o seguinte:

"Subiu a ladeira da garagem com o cão no seu encalço, o rabo de seis anos, já curvilíneo, bamboleando a cada passada. Laura veio à porta, também em fato de banho. Ainda estavam na piscina àquela hora, coisa que, em nossa casa, era impensável: a partir das seis da tarde, era hora dos duches, de começar a preparar o jantar. Laura usava um fato de banho preto e os mamilos soberssaíam, bem como a forma dos seios.


Para algum contexto, ambas as raparigas são menores de idade, o rapaz também o é, mas mesmo assim o excerto incomodou-me, especialmente ao referir-se a uma criança de seis anos no primeiro momento. No parágrafo a seguir voltamos a referir os seios de Laura...

Ao longo dos livros foram alguns os momentos em que identifiquei excertos que me deixaram incomodada, este foi outro:

"Isso é muito estranho", comentou Laura. "As judias são conhecidas pelo sexo oral como maneira de satisfazer os seus pretendentes, porque a penetração é proibida até ao ketubah."


Ou outro momento, desta vez sobre as californianas:

"E as miúdas claro. Dizem que na Califórnia as mulheres são tão liberais que preferem fazer-te um broche a beijar-te na boca."


No geral, acabaram por ser demasiados momentos que me tiraram da história, não me permitindo entrar por completo no mistério e toda a história envolvente. Há também inúmeros saltos temporais, que por vezes se tornaram difíceis de acompanhar, mas que acredito também ter sido cansaço da minha parte na altura em que li o livro.

Profile Image for Vicente.
74 reviews38 followers
November 7, 2020
Desde que este livro foi lançado, dediquei-me a denegri-lo mentalmente, apelando que seria mais um thriller cheio de reviravoltas e sem substância.

Não obstante, senti curiosidade e propus-me a esta leitura. Conhecendo o autor de alguns textos e passagens mas sem ter ainda lido alguma obra da sua autoria, deixei-me levar por este thriller, que cedo se revelou cativante, operando a mesma estratégia de "The Secret History" para conferir uma outra densidade à história.

Mesmo depois de ter começado a leitura, não esperava gostar tanto do livro. As personagens estão muito bem construídas, são carismáticas e magnéticas. A dicotomia Portugal - EUA acaba por funcionar muito bem, e a história nunca acaba por nos deixar para trás, apesar do seu tamanho. Sendo grande, não é um livro pesado, lendo-se com fluidez.
Profile Image for Daniela Guimarães.
85 reviews29 followers
December 11, 2019
João Tordo experimentou um novo género e piscou o olho a Agatha Christie e a Arthur Conan Doyle, entre outros. O escritor Português tem uma estreia sólida no mundo dos thrillers, conciliando a sua impecável escrita e um enredo surpreendente.

Passado entre Portugal e os Estados Unidos da América, a Noite em que o Verão Acabou apresenta-nos Pedro Taborda, um aspirante a escritor que, reencontrando um amor da adolescência, em Nova Iorque, depressa se vê envolvido num dos mais afamados homicídios dos anos 90 � o do milionário Noah Walsh. Repleto de mistério, este é o relato, na primeira pessoa, de Pedro que, num misto de enfatuação por um amor nunca esquecido e ambição para escrever o seu primeiro romance, procurou desvendar as circunstâncias que levaram à morte do magnata americano.

O livro está dividido em duas partes sendo que, aí residiu, o único ponto menos bom da narrativa. Isto porque a forma como as mesmas são desenvolvidas é díspar. Por um lado, temos uma primeira parte extremamente desenvolvida e focada mais no Pedro e nas suas paixões e frustrações pessoais, sendo o crime um elemento importante mas não determinante. Na segunda parte, encontramos um thriller muito bem estruturado onde as revelações são negras, chocantes e deveras surpreendentes. Não obstante ter gostado de ambas, confesso que a primeira parte fugiu, em alguns aspectos, ao género e ao tipo de narrativa que eu procurava. Ainda assim, é inegável que esta foi uma excelente estreia num género tão pouco desenvolvido em Portugal. Há um trabalho intenso de desenvolvimento de personagem e o final foi digno de um grande thriller nórdico.

Instagram/ @portasetenta
Profile Image for Álvaro Curia.
Author2 books479 followers
April 15, 2020
É de tudo isto que é feito um thriller. E já era altura de alguém elevar este género à categoria de arte. João Tordo fê-lo mantendo toda o imaginário dos romances de mistério policial.

Um duplo assassinato, uma assassina pouco provável, uma conspiração ao mais alto nível, uma investigação cheia de falhas, que desemboca numa história atrapalhada, que pede para ser reconstruída.

É o que faz Pedro, o tal miúdo perdido de amores num distante verão algarvio, o estudante desconfiado do seu próprio talento, o pai sinceramente desconsolado com a monotonia da sua vida.

E depois há Laura, que funciona para Pedro como a excitação do primeiro amor, com quem lhe apetece fugir mundo fora mas que, como a própria verdade, parece escapar-se-lhe pelos dedos, ao longo das décadas, transformando-se apenas em verão, em Algarve, em areia.

Todos os elementos do thriller estão aqui presentes: dos que piscam o olho aos policiais da metade do século XX (a empregada, a mansão com o anexo, o escutar das conversas e o investigador informal) aos inícios de Stephen King, onde o sobrenatural não servia de desfecho fácil e onde o mestre ainda era o mestre (as personagens loucas que vivem numa cabana no meio da floresta, o escritor frustrado), até aos thrillers mais atuais, onde a tecnologia ajuda a deslindar os casos e onde o hiper-realismo concorre para um desfecho imprevisível.

Mas, sobretudo, este é um livro sobre a cruzada de um homem consigo próprio, da aceitação da normalidade da vida e de como um sonho ou uma memória podem ser catalisadores para avançar.

Um thriller memorável. Quantos destes existem por aí?
Profile Image for Miguel Tapada.
44 reviews
November 26, 2019
Não consegui parar de ler a história das irmãs Walsh ... o primeiro policial do João Tordo prendeu me do princípio ao fim
Profile Image for Akasuki.
102 reviews8 followers
December 6, 2019
O policial mais cinematográfico que já li. Não acho que seja um livro para ser "devorado" pelo tamanho e densidade da história. E está tão espectacular e a história tão bem conseguida!
Segundo livro do Tordo e não desilude!
Adorei o desenvolvimento das personagens e da evolução da história ao longo dos anos. Só consegui juntar as "peças" todas mesmo no fim e ainda tive de digerir bem aquela conclusão!
Leiam! Leiam João Tordo!!!
Profile Image for Cátia Santos.
231 reviews37 followers
December 31, 2019
Na realidade, 4,5*.

João Tordo foi a surpresa de 2019, apesar de ainda estar a tempo de recuperar as leituras perdidas.

A sua escrita é excelente... nostálgica mas envolvente! Apesar de ter gostado mais do livro anterior, este também é muito bom... se não o virmos como um thriller. Sim, há assassinatos, e um desfecho bem urdido, mas não é um thriller. Mas não é por isso que o livro perde... está é mal categorizado. Para além disso, há umas pequeninas incongruências, que não afetam em nada a história, mas estão lá.

Feliz por terminar 2019 com este autor e com a certeza que está no meu top de escritores portugueses!
Profile Image for Maria João (A Biblioteca da João).
1,333 reviews224 followers
April 21, 2020
9 de 10*

Gosto muito da escrita de João Tordo. Obviamente que fiquei imediatamente curiosa quando vi que o autor ia estrear-se num género completamente diferente, apostando num thriller. Criar um livro deste género literário, com quase 700 páginas, mantendo sempre a atenção do leitor e criando uma trama rica, não é para todos. Mas João Tordo conseguiu-o plenamente.

Comentario completo em:

Profile Image for Mónica Pereira.
136 reviews27 followers
March 17, 2020
Gostei imenso e estou curiosa para ler mais deste escritor! Adorei a escrita!
Os crimes, os segredos, os reencontros e a evolução das personagens ao longo dos 20 anos!
Tudo começa com uma paixão de verão, e como isso é levado durante esses anos todos!
Uma família com um passado e segredos obscuros! Um rapaz apaixonado que se vê no meio de um crime, a busca pela verdade!
Profile Image for Jose Santos.
Author2 books161 followers
October 26, 2022
Não sendo o Thriller o meu género favorito, gostei desta história, muito atual e muito televisiva.
Não me identifiquei nem com a realidade nem com as personagens. Fui um simples "espetador" do que ia acontecendo sem "torcer" por ninguém e conseguindo "adivinhar" alguns aspetos do enredo.
A escrita está adequada, ritmada e com um estilo interessante. Como nunca tinha lido nada do autor, fiquei com uma certa curiosidade de ler algo num outro registo.
Profile Image for Rute Ramos.
11 reviews3 followers
November 28, 2019
Foi a minha primeira incursão na escrita de João Tordo e não fiquei fã. Pode ser uma questão de expectativas, esperava demasiado depois de tantos elogios e o leitura deste livro ficou aquém, quer na história quer na escrita. A escrita não me convenceu de todo, achei normal, com apontamentos desnecessários e banais. A história parte de uma ideia interessante mas, para mim, falta-lhe alguma coisa, algum conteúdo, achei as personagens pobres, ou pelo menos não senti a profundidade que li em alguns review. O livro é demasiado longo, a história podia ser contada eliminando algumas partes, ou então desenvolvendo um pouco mais as personagens mas principalmente a ligação entre elas.
Profile Image for Mª João Monteiro.
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August 2, 2020
Acabo de ler este livro e sinto um turbilhão de emoções. Gostei da história, não interessa se é grande, se já li coisas do mesmo tipo (daquele tipo que encontra eco em mim), mas o percurso e a descoberta deste narrador são o principal. Tão bem escrito, tão terno, intimista. E conta uma história! É a leitura do ano. Creio que vai ser.
Profile Image for Ricardo.
120 reviews11 followers
February 24, 2020
Nada melhor que este sítio magnifico para acabar esta leitura, não fica no lagoeiro, mas almograve marca tb uma viragem, tal como o livro, cheio dessas viragens, talvez demasiadas, aí reside o único senão, demasiadas páginas, e às páginas tantas, lá pelo meio da leitura, o João quebra o ritmo que levou quase 400 pag a arrancar! De resto mais do mesmo, Tordo emprega uma escrita muito realista, para alguns demasiado pormenorizada , que nos faz parte do livro...sensações, vivências, até cheiros e sabores, estamos lá, e o João Tordo está no meu top também desde o "Bom Inverno", a continuar @joao_tordo sff!! Boas leituras

(nota- acabei de ler este livro na praia do Almograve no sudoeste Alentejano, um cenário de paraíso que marca a minha viragem na vida, só para enquadrar)

Agora sim, boas leituras!!
Profile Image for Calypso.
209 reviews
April 30, 2020
É o primeiro livro que leio do autor e gostei, talvez até mais de quando o livro nos transporta para o passado do que propriamente o presente. Contudo, acabei por me sentir um bocado entediada pelo tamanho do livro e arrastei um bocado a leitura.
Profile Image for Elisa Santos.
390 reviews1 follower
March 27, 2020
Uma primeira incursão no género thriller por parte deste autor.

No ultimo livro que li do João Tordo, ele já pisca o olho a este género. Trata-se do Deslumbre de Cecilia Fluss e tem um mistério lá no meio, também. Até aqui, nada a mais.
A Noite em que o Verão Acabou tem um elemento mais acentuado de thriler, mas tem as suas personagens que já considero "tordeiras": os homens melancólicos e torturados, as mulheres na sua maioria fortes e desempoeiradas e um tudo nada lobas solitárias.
Achei a primeira parte, de quando o Pedro era adolescente, muito pormenorizada em demasia, muito lenta mesmo. A parte 10 anos depois e a última parte já achei com um ritmo bem interessante. Mas este livro nunca chega a ter um ritmo infernal e gráfico, que estamos habituados nos nórdicos e nos norte-americanos.

O que gostei muito foi de que fiquei a conhecer realmente os personagens. Coisa que nos outros thrillers, normalmente não acontece. Neste livro, eu "conheço" o Pedro Taborda e a Laura e os pais do Pedro e a avó do Pedro, que achei uma ternura! Portanto, para um livro único, este é um thriller muito completo e bem desenvolvido a esse nível.
Fez-me pensar que o nosso passado nos condiciona de certa maneira, embora nós vamos pela vida fora a pensar que não. Que todas as decisões que alguma vez tomámos são completamente independentes. Mas se formos a analisar bem, há sempre algo, que nos marcou, e que vai nos fazer tomar determinadas atitudes e fazer certas escolhas.
Gostei muito e recomendo.
Profile Image for Tita.
2,176 reviews227 followers
December 27, 2020
Este é daqueles livros que tinha tudo para ser do meu agrado, a capa refere thriller, história passada em vários tempos e com opiniões muito favoráveis, o que fez com que eu tivesse muitas expectativas. Infelizmente, foi uma leitura algo aborrecida.
A história é-nos contada em três tempos diferentes: 1987, 1998 e 2088. Nas férias de verão, em 1987, Pedro conhece os vizinhos da casa de férias ao lado e apaixona-se por Laura. Em 1998, o pai de Laura foi encontrado morto e o principal suspeito é Levi, a irmã mais nova de Laura e Pedro, que se encontra nos EUA a estudar, vai acompanhar Laura durante este período.
Primeiro tenho que referir que, para mim, o livro acaba mais por ser um policial do que um thriller. Sim, temos dois crimes durante a história mas a narrativa centra-se mais nas tentativas de investigação por parte de Pedro e Laura, daí considerar um policial.
Os saltos temporais também não funcionaram muito bem comigo e achei toda a história muito chata e com muito "engonhanço". E tive a sensação de aver muita repetição de deduções relacionadas com o crime.
E eu, que até gosto de calhamaços, achei que o livro nunca mais acaba.
Este foi o segundo livro que leio de João Tordo e, mais uma vez, não me conquistou.

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