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Olá Nerds queridos! Nosso livro do mês de Maio é o potencialmente incrível e engraçado Redshirts, do John Scalzi. (Deu de perceber que estou empolgada para ler mais John Scalzi? Estou!!).

Contem pra gente o que estão achando/acharam do livro, e não esqueçam de colocar aviso de spoilers quando necessário!

Achei o livro engraçado e o balanço final é positivo (partes que gostei > partes que não gostei). Por conhecer o universo de Star Trek, ficou fácil imaginar os cenários e encaixar Dahl na rotina da Intrepid. Este foi o primeiro livro do John Scalzi que li, então foi impossível não me apaixonar pela maneira como alguns diálogos são construídos de forma direta e permeados por um humor ácido.

Mas vamos ao que realmente interessa.
(view spoiler)[
Dividi o livro em três partes, para comentar de forma mais organizada:
- Parte I: antes do relato sobre a narrativa;
- Parte II: descoberta da narrativa até o final (quando todos são vaporizados após a queda da Intrepid num asteróide);
- Parte III: os três adendos (não sei se adendo seria o termo correto).

Parte I
Eu estou realmente apaixonada pela primeira parte. As interações de Andy com os colegas de laboratório, o estranhamento com o comportamento deles (convenientemente desaparecendo quando Q'eeng se aproxima), a inevitável conclusão de que eles (assim como os demais tripulantes) estão escondendo algo: tudo tão maravilhosamente construído!
O diálogo de Andy com os outros dois companheiros de laboratório a caminho da missão, onde ele expõe a posição de cada um no totem, é um dos meus preferidos.

Parte II
Então depois de um certo esforço, Dahl & amigos finalmente encontram Jenkins e descobrem que são personagens secundários de um seriado televisivo, morrendo pelos caprichos da narrativa.
Ok, isso foi uma surpresa.
Eu realmente não gostei dessa explicação, mas poderia viver com ela. O problema é que a partir deste ponto, aquela história engraçada e bem construída, começa a fornecer respostas que já não acho suficientes. Por exemplo, a facilidade com que as pessoas "desta" linha do tempo acreditaram na história e se dispuseram a ajudar; a nave pousando e decolando sem ser notada por ninguém; todo o arco envolvendo Hester e seu doppel atual; e aquela conversa de Andy com Hanson (que serviu para me deixar com mais perguntas mal respondidas).
O "final" pareceu adequado, não sei. Não consigo me decidir.

Parte III
O que são esses adendos? Ok, eles me forneceram algumas respostas (para dúvidas que eu não tinha) mas continuo questionando a utilidade deles. Seria legal se alguém pudesse explicar, eu realmente não entendi.

(hide spoiler)]

Hoje, assistindo Star Trek (o filme de 2009) me lembrei que não vim aqui falar sobre o livro quando eu o terminei! Primeiro queria dizer que foi muito engraçado ver o filme depois de ter lido o livro. Todas as sátiras estavam lá ((view spoiler)[ as pessoas de vermelho que morrem a troco de nada só porque estão com oficiais, as mortes - no caso deste filme - no deck 6 quando eles são atingidos por fogo inimigo, coisas que convenientemente param de funcionar, a recuperação rápida de pessoas essenciais à trama (hide spoiler)]). E isso não me fez amar o filme nem um pouquinho menos, mas me fez adorar o livro ainda mais.

Sobre o livro: ele só solidificou o meu amor pelo John Scalzi, porque apesar de eu achar a premissa ruim, e ver falhas na lógica do livro, eu adorei! Os personagens são interessantes, a trama me prendeu e o mundo é construído na medida para me interessar, mas não tanto que comprometa a fluidez da história e dos diálogos. Para mim, é um livro claramente feito para ser divertido, e não perfeito. É entretenimento despretensioso - muito como Star Trek, talvez. E, respondendo a @Tanise, (view spoiler)[ acho que essa é a função dos adendos: entreter. Eu vi eles como as 'novelas' (livros pequenos) que muitos autores YA soltam depois de seus livros fazerem sucesso: só uma coisinha a mais sobre alguns personagens favoritos, para te dar mais um gostinho do que aconteceu fora da história. Não sei se eu estou certa, mas foi assim que eu encarei. (hide spoiler)]

E, como, sempre, Scalzi é o rei dos diálogos pra mim. Não sei como não tem mais filmes baseados nos seus livros, porque ele soa como um roteiro muitas vezes, de tão fluído.

Ninguém aqui comentou sobre Galaxy Quest, vão assistir!