Status Updates From A Morte Sem Mestre

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³¢³Üòõ
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a minha vida quotidiana e a eternidade que já ouvi dizer
que a habita e move,
não me queixo de nada no mundo senão do preço das
bilhas de gás,
ou então de já mas não venderem fiado
e a pagar um dia a conta toda por junto:
corpo e alma e bilhas de gás na eternidade
- e dizem-me que há tanto gás por esse mundo fora,
paÃses inteiros cheios de gás por baixo!
— Mar 16, 2024 07:42PM
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que a habita e move,
não me queixo de nada no mundo senão do preço das
bilhas de gás,
ou então de já mas não venderem fiado
e a pagar um dia a conta toda por junto:
corpo e alma e bilhas de gás na eternidade
- e dizem-me que há tanto gás por esse mundo fora,
paÃses inteiros cheios de gás por baixo!

³¢³Üòõ
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e encerrar-me todo num poema,
não em lÃngua plana mas em lÃngua plena
— Mar 16, 2024 06:46PM
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não em lÃngua plana mas em lÃngua plena

³¢³Üòõ
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aqui jaz - quem aqui jaz?
subiu a ũa alta torre,
desceu abaixo do pó;
nem vive nem morre,
a terra inteira o enreda:
ora sabe que está só,
ora sente até à merda
a multidão dos irmãos:
ora o alto da torre, ora o baixo da terra,
que tudo acaba, e mal acaba
°ù±ð³¦´Ç³¾±ðç²¹
a servidão
— Mar 16, 2024 12:37PM
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subiu a ũa alta torre,
desceu abaixo do pó;
nem vive nem morre,
a terra inteira o enreda:
ora sabe que está só,
ora sente até à merda
a multidão dos irmãos:
ora o alto da torre, ora o baixo da terra,
que tudo acaba, e mal acaba
°ù±ð³¦´Ç³¾±ðç²¹
a servidão

³¢³Üòõ
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e eu, que em tantos anos não consegui inventar um
resquÃcio metafÃsico,
ponho todo o empenho no trânsito das minhas cinzas:
oh retretes terrestres com destino final nas grandes águas
³¾²¹°ùóپ±³¾²¹²õ:
glória atlântica,
Ãndica megalomania das tripas!
— Mar 16, 2024 10:03AM
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resquÃcio metafÃsico,
ponho todo o empenho no trânsito das minhas cinzas:
oh retretes terrestres com destino final nas grandes águas
³¾²¹°ùóپ±³¾²¹²õ:
glória atlântica,
Ãndica megalomania das tripas!

³¢³Üòõ
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e eu que me esqueci de cultivar: famÃlia, inocência,
delicadeza,
vou morrer como um cão deitado à fossa!
— Mar 16, 2024 08:42AM
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delicadeza,
vou morrer como um cão deitado à fossa!

³¢³Üòõ
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queria fechar-se inteiro num poema
lavrado em lÃngua ao mesmo tempo plana e plena
poema enfim onde coubessem os dez dedos
desde a roca ao fuso
para lá dentro ficar escrito direito e esquerdo
quero eu dizer; todo
vivo moribundo morto
a sombra dos elementos por cima
— Mar 16, 2024 03:54AM
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lavrado em lÃngua ao mesmo tempo plana e plena
poema enfim onde coubessem os dez dedos
desde a roca ao fuso
para lá dentro ficar escrito direito e esquerdo
quero eu dizer; todo
vivo moribundo morto
a sombra dos elementos por cima

³¢³Üòõ
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queria ver se chegava por extenso ao contrário:
força e pulsação e graça,
isto é: a luz, de dentro, despedaçando tudo,
e concentrada:
estrela/estela
— Mar 15, 2024 05:54PM
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força e pulsação e graça,
isto é: a luz, de dentro, despedaçando tudo,
e concentrada:
estrela/estela

³¢³Üòõ
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?dentre os nomes mais internos o mais intenso de todos
a que dias mortais infunde vida
que indefensável coisa lhe promete
(mas no seu corpo nada se levanta
quando estremece ao ar da revoada)
que morre e vida troca ele em tudo
e a que obscura glória se refere?
— Mar 15, 2024 01:12PM
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a que dias mortais infunde vida
que indefensável coisa lhe promete
(mas no seu corpo nada se levanta
quando estremece ao ar da revoada)
que morre e vida troca ele em tudo
e a que obscura glória se refere?

³¢³Üòõ
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que um nó de sangue na garganta,
um nó de ar no coração,
que a mão fechada sobre uma pouca de água,
e eu não possa dizer nada,
e o resto seja só perder de vista a vastidão da terra,
sem mais saber de sÃtio e hora,
e baixo passar a brisa
pelo cabelo e a camisa e a boca toda tapada ao mundo,
por cada vez mais frios
o dia, a noite, o inferno, o inverno,
sem números para contar os dedos muito abertos
(...)
— Mar 15, 2024 11:33AM
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um nó de ar no coração,
que a mão fechada sobre uma pouca de água,
e eu não possa dizer nada,
e o resto seja só perder de vista a vastidão da terra,
sem mais saber de sÃtio e hora,
e baixo passar a brisa
pelo cabelo e a camisa e a boca toda tapada ao mundo,
por cada vez mais frios
o dia, a noite, o inferno, o inverno,
sem números para contar os dedos muito abertos
(...)